ESTRADAS & INCERTEZAS
Quantas vezes te amei e sequer te sabia o nome
quantas vezes te preparei a cama ignorando que vinha
percorrer estradas e incertezas me fez entender
no mecanismo do Universo o suficiente p'ra caber na vida da mulher
moendo dos sonhos as areias da ampulheta
brilhantes como os talheres da Aurora te servindo o café à beira-mar
escutados na alma os acordes das estrelas pelas cores das borboletas
para deleite e posse selvagem do seu corpo
manuseado instrumento da arte cósmica
que apenas no leito abre a rosa dos devaneios
libertando divindade do que se mostrava desejo
na suculência da vampiridade revelada
quando radical é aprender do amor o desrespeito aos limites
pois rebeldia é avançar arrancando raízes do medo