Eu Vim Para Te Dizer Que Eu Me Vou
Era medo.
A mente pairava em sintaxe de palavras mofas e ilógicas
Sua presença que me era essência
Desfez-se como a poeira quando vento em movimentos suspeitos
Torna-se rarefeito
Versos de uma triste canção para quem esta na solidão
Bobinaram repetidas vezes o quão insignificantes e sem noção o homem se rasteja diante da gigante e tormenta ilusão
Amor amado meu
O que aconteceu?
A figueira não floresceu?
Qual arvore,
Repousava quieta
Acreditava
Na valsa que regia nossos passos
Amado meu amor
Você não foi?
Sua presença me inspira a incômodos e inexplicáveis surtos lacônicos
Queria mais...
Sorria no tumulto do mundo
Quando tropecei na cadeira
Que vezes fazia a feira
Hora corpo em alimento
Vezes, muitas vezes almas em desejos
Hoje fiz questão de dedilhar o que a mente não me deixa esquecer
Ressoando intrépida e sacana
Como uma mulher tida suja
Quer-se as ocultas
Por diversas vezes se esvaziar até desfalecer
Rastejei em retalhos
Espalhados no quarto
Já que da cama,
Antes chamas
Preferi me ocultar
Cravei fundo o dedo
Numa abertura que ali havia
Sobejaram ais de diversos tons
Que de cinza
Ruborizava adaptações de bon vivant
Caligulas sadistas
Os mais devassos
Indicou uma lista
Solucei
Rasguei em vingança o que de teus
Restos já não me era festa
Fotografias
Tua imagem turva
O tempo degradará
Tenho que acreditar
A figueira não floresceu?
A folha caiu
Somente eu não quis perceber?
Um momento de intentos sangrentos
O coração
Sim
O coração
Sem avisos ou suspiros
Trouxe-me a maldição
Você em minha vida...
Merda!
Tua recusa me flagela
Esqueci-me que poderia partir
Sem aviso prévio
Isso sim é a grande merda!
O amor diz-se de todos
Porém poucos
Seguem-no como num crime impunes de castigos
Bradando tê-lo numa miopia imunda
Meras vitimas
Ou eu que sou a esquisita?
Você não foi
Partes foram de mim que restou
Sem explicação
Também acreditara na ilusão
A porta se fecha
É meu último alerta