Poema Alienável

Nem tudo é como eu gostaria

Nem tudo é beleza ou prazer

Talvez viver seja apenas

Buscar na perenidade da dor

A efemeridade da alegria

Pois então que ela venha agora

Não espere o final do dia

Afinal

A poesia que m'alma encerra

Esta na carne

É a poesia que sangra

E fede

Explode como um tumor

Abre-se como uma flor

E goza

Lavas perdidas

Sou obra da vida

Adoro poesias encorpadas

Incorporadas

Místicas

Sou mutável

Estragável

Sou roto e esfarrapado

Sou apenas

Um poema alienável

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 16/12/2013
Reeditado em 16/12/2013
Código do texto: T4613778
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