QUATORZE ESTAÇÕES
O Tempo não estava me permitindo ter tempo para Escrever..
Mas, eis aqui minha mais NOVA POESIA:
QUATORZE ESTAÇÕES
Eis que surge você, pássaro do sul de asas aladas,
de brilho incomum, de gestos incertos e coração
repleto de amor. Amor criança, inocência face a
face,que em face ao meu sorriso tudo fica mais suave.
Amor de pássaro, Condor, Fênix em chama...
Abre-se o casulo, as asas da esperança que batem
em ressonância ao caminho meu que ruma para o norte
contra a corrente, contra o fluxo crescente do inverso
dos conceitos, dos vagueiros que voam sem sentindo,
sentindo que perderam o sentido, mas nunca capazes
de seguir outro caminho...
Um passo mais perto, você agora segue meu caminho,
trilha os destinos que cruzaram os meus: traça os passos,
nada contra, atravessa a ponta que rompe a ponte das
turbulências.
Mais um passo, você se aproxima de meu coração...
Longínquos são os campos verdejantes, longínquos o
os espaços que nos separa, mas longínquo ainda é o que
nos aproxima, nos torna um pássaro, num só casulo,
um só ser feito pela criação.
Voe, continue a voar, a cada abrir e fechar das asas meu
peito se inflama no desejo, na certeza da chama viva que me
enaltece a cada dia me fazendo acreditar que no próximo
alvorecer quando pela retina embaçada de meus olhos eu lhe
ver tu irás sob mim resplandecer...
Já é noite, quatorze estações a te esperar, e o sol que
em outrora me cegava, hoje me ilumina, e a lua que em outrora
me amedrontava, hoje nos irradia, nos guarda sob manto
perfeito, de singelo encanto e nos carrega num embalo
de infinito amor, apenas o sol, apenas nossa luz ao entardecer...
Meu pássaro alado de asas cor de ouro se torne para sempre
meu tesouro, a dádiva perfeita de meus sonhos, de meus
cantos e assim em cada canto desse recanto faça brotar
um novo encanto em cada bater de tuas asas para que assim
no alvorecer ou anoitecer tua repouse sob mim por todas as
estações.
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