Samba da despedida
Odeio quando me desconcerto em sua presença
E saio pela rua abatida, querendo não existir!
Detesto quando sinto em mim sua pele ardente
E seu beijo penetrante transforma meu corpo
Num rio condescendente!
Deste jeito está difícil segurar meu coração!
Por favor, se afaste dos meus olhos
Que é para que seus olhos
Não me tirem mais a respiração!
Faça a gentileza de seguir seu caminho
E não me olhe mais com carinho
Me deixe aqui mesmo, parada, na contramão!
Não vou mais sentir sua falta
Em dias de chuva ou tardes ensolaradas
Onde sua presença estava ao alcance do meu coração!
Deixe esta vida aqui, tão tola
Jogada às traças - que morra!
Sofrendo a dor da desilusão!
Sozinha ficarei a divagar
Sentindo ainda sua presença a me acalmar
Dizendo para mim mesma, dolorida
Que nunca mais alguém nesta vida
Este coração há de amar..!