AOS OLHOS DE QUEM SABE OLHAR.
AOS OLHOS DE QUEM SABE OLHAR
Posso não ser o príncipe com quem sonhas,
Aquele que te traria os sapatinhos de cristal,
Posso não despertar o brilho em teus olhos!
Assim sou, se te pareço no teu emocional.
Posso não desvendar tuas guardadas dúvidas,
Nem te convencer que tua beleza terá um fim!
Posso ser belo aos olhos de quem sabe olhar...
Afear-me ao coração de quem não gosta de mim!
Disseste-me um adeus! Um não ao meu clamor,
Riste da minha dor, despercebeste qualidades
Que em mim ainda restam, talvez moinhas de pudor!
Nada mais me restou nesta entrelaçada teia
De lembranças complexas... Minha fealdade,
Quando o belo só se afeia aos olhos de quem odeia!...
Do livro poeira e flor, vol II