Amor, imundo amor

Na bagunça do coração

A faxina do ciúme

A roupa de cama da amante

No varal do queixume

Dor de cotovelo e bombril

A saudade deixa manchas

Água para misturar com anil

Limpar, limpar mexendo as ancas

Tantos panos e sabão

O Confort azul e o rosa

No balde, lágrimas e desilusão

Lembrança dele, sala cheirosa

Tanto zelo pelo branco

Não trouxe paz ao meu mundo

Melhor assumir: meu amor é manco

É sujeito sujo e doido, bem imundo

DLisboa
Enviado por DLisboa em 23/04/2007
Código do texto: T461051