Amor, imundo amor
Na bagunça do coração
A faxina do ciúme
A roupa de cama da amante
No varal do queixume
Dor de cotovelo e bombril
A saudade deixa manchas
Água para misturar com anil
Limpar, limpar mexendo as ancas
Tantos panos e sabão
O Confort azul e o rosa
No balde, lágrimas e desilusão
Lembrança dele, sala cheirosa
Tanto zelo pelo branco
Não trouxe paz ao meu mundo
Melhor assumir: meu amor é manco
É sujeito sujo e doido, bem imundo