DE LÁ DE CÁ
Um punhado de arroz no prato,
Um Tinto Alentejano fechado.
Nos olhos muitas vontades.
Apetecia um sonho de sobremesa,
Ou seria uma bola de Berlim?
Nada.
A realidade é uma língua mal falada.
Diz o que tem não o que se quer...
Queria um oceano na largura de um pulo.
A distância de uma Terra só até a sola de um pé.
Dois paladares palpáveis!
Duas taças pela metade...
E de sobremesa o que viesse...
De lá ou de cá...
Doce de se amar.
CRISTIANA MOURA