REBELDIA

Chove em grande quantidade em

meu coração, as águas não tem curso

normal, elas permanecem estagnadas

por longo tempo em poças individualizadas.

Por mais que me esforce os meus pensamentos

e ações deslizam no terreno encharcado da desilusão,

não há como desfazer do imenso lamaçal

que impede a minha libertação.

Sim, chove a cântaros que depois de transformarem

os meus olhos em uma cor avermelhada, as minhas lágrimas

cascateiam de grande altura fazendo machucar

ainda mais a profundidade de minhas feridas.

Entreguei-me demais, acreditei além das contas,

transportei-me para lugares desconhecidos,

enfrentei sob o terror das intempéries julgamentos

infundados, mesmo assim fui sentenciado.

Preciso-me ver livre dessa enxurrada

malcheirosa, desse enxurro de águas

selvagens, dessa perturbação moral,

recresceram os perigos na razão de minha debilidade.

É de se lamentar a minha situação afetiva,

nela se fixou uma imensa rebeldia,

o que tem impedido de prosseguir

o caminho de minha vida.

Wil
Enviado por Wil em 12/12/2013
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