Coragem.

Eu não sou nada

Sou apenas um poeta

Dos cantinhos.

Ninguém me vê

Quem me vê... Rir! Mas sei

porque... Rir da dor

De não ter a coragem de ser doido

De não poder ser o que eu sou

Na verdade todos gostaria de expressar

O que de dentro nunca arrancou.

Afinal...Não é fácil chegar no meio da areia

Das praias ou ruas e dá um grito, um grito daqueles

Que chuta para fora todas suas agulhas.

Afinal não é todo mundo que tem coragem de chupar

Manga no meio da rua e depois lamber os dedos

Tomar o sorvete e lamber o copinho ou comer o casquinho

Eu sou poeta, das ruas, dos rios, dos mares, do sertão

Eu sou doida de amor, eu sou sem dimensão.

Eu sei amar... Porque os poetas amam até as poeiras

Que passam por eles, eu sou a intensidade das palavras

Eu sou canção, poesia, prosa, versos alados

Eu sou doidinha.