Vontades e Desejos

Vontade de abraçá-la, vontade de beijar você...

Vontade de agarrá-la, vontade de ter você...

Te olho, te desejo, te vejo, te observo

Te quero, sei que posso ,mas não nego, sei que não devo...

Vontade de acariciá-la, vontade de salivar em você...

Vontade de amá-la, vontade de cobrir e descobrir você...

Sentada, e em tua momentânea distração,

me torno insano quando noto em você

uma discreta mostra que me desperta,

e em segredo, em silêncio, em desejos

me guardo mais além do que gostaria.

Assim vejo discretamente um pouco do teu corpo por mim desejado

envolto num febril de roupas largas, tecidos delicados, curvas, linhas,

reentrâncias e cinturas baixas, ilíacos, furinhos e quadris...

Não falo, mas vejo... te desejo.

De cores pretas ou marrons, vestes íntimas quaisquer que sejam,

elas se evidenciam para embelezar delicadamente as curvas descobertas

de tua pele lisa e trigueira que tanto anseio.

Concentrar, desconcentrar... amo quando tal oscilação acontece.

Sua distração me desconcentra, e me concentra em nós, me faz sonhar...

E no sonho eu te toco e me aprofundo muito mais do que posso

E fantasio não necessariamente te ajeitar, mas reclinar a minha mão

sobre seu gracioso quadril descoberto, e de lá não mais arreda-la...

Te beijo docemente...

poderia levá-la a um canto reservado nosso qualquer

para mais adentrar nos segredos do que posso descobrir

além das roupas largas, tecidos delicados, curvas, linhas,

reentrâncias e cinturas baixas, ilíacos, furinhos e quadris...

É assim... em meus sonhos-relâmpago

eu não te encubro com seus tecidos,

mas te descubro, no meio da sua distração e do meu desejo,

onde posso tocar em você, onde posso sentir, mesmo em sonho,

o exalar cálido do perfume tentador de tua flor...

Às vezes me atrevo e de surpresa te toco,

e deslizo suave os meus dedos

com carinho sob sua pele discretamente exposta,

mas sutilmente coberta

pelo tecido íntimo que atrai, e assim busco

com muito esforço o bom propósito:

- com tecidos te cubro e te protejo,

pois a ninguém dou o direito de ver o que eu vejo.

Vontade de ter, de querer te abraçar

E não nego nem um minuto o quanto ainda espero te amar.

Quanto mais me reservo, é porque mais eu te quero,

e logo o perigo ronda no ar.

Por você, a minha avidez, a febre e a gana

eu vou tanto disfarçar quanto guardar.

Assim me afasto, podendo até parecer um pouco frio e distante.

Porém, não se engane, eu continuo mais quente

do que você possa imaginar.

Quanto mais o fogo sobe, mais eu me afasto

para proteger a mim e a você.

Vontades e desejos: nem tudo que posso, quero

e nem tudo que quero, posso.

Carlos D Martins
Enviado por Carlos D Martins em 12/12/2013
Reeditado em 13/12/2013
Código do texto: T4608539
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