A VIAGEM
Vá
Ver os casarões,
A casa velha da ponte,
Onde fizeram doces e poemas.
Veja
O Rio Vermelho,
As calçadas duras de pedra
E as ladeiras tortuosas.
Traga-me
Um alfenim, branco, de cisne,
Para eu tirar esse amargo
Que não me sai da boca.
Leva
Todas as minhas esperanças,
Porque já perdidas,
E as deposite no altar da igrejinha de Sant’Ana.
Depois,
Volte,
Como se não tivesse ido.