O velório do amor
Meu Amor está morto – em caixão lacrado
Todos os entes queridos a seu lado
A verdade era a única que não chorava, desconsolada
Revoltou-se em silêncio, orando por justiça
A confiança não compareceria...
Estava sem coragem para enfrentar tamanha dor
Mal ela sabia, que outro alguém tomaria suas dores
Mataria em nome de amores
Ninguém entendia porque Amar foi tão cruel
A decepção dizia a todos que ele perdeu a sanidade
Deixou a mentira lhe perturbar com probabilidades
Aqueles números que nem mesmo a vidente calcula...
Honestamente, foi uma desgraça
O Amor tentou explicar com palavras
Porque sua inocência não era traição
Porque sua tolice devia ser poupada da execução
Todos sabem que errar nem sempre é proposital
As aparências existem para confundir também
E o Amor que não viveu de aparências
Foi julgado por elas – em nome de tantas seqüelas...
Agora esquartejado, dentro de uma caixa jazia...
Sem honra o melhor sentimento que conheci na vida
Estava sendo velado pelos que restaram...
Companheiros importantes, amigos leais
A sinceridade e franqueza foram incondicionais
Enquanto o Amor estava ali – como defunto
Amar acabava com sua vida, sem triunfo...