O enterro do amor
Chegou a malograda hora – Meu Amor para sempre perdido
Coberto por terra do esquecimento,
Enterrado sem cortejo dignamente merecido
Presente, todos os sentimentos que sobrevivem, chorando...
Soa fúnebres lamúrias, são tantos arrependimentos
Que ninguém quer recordar estes momentos
O Amor devia ser lembrado benevolente e não impotente
Na despedida, somente uma voz se pronunciou
Uma criança – A esperança
Espontaneamente quis dizer porque devíamos todos perdoar
Porque valia a pena acreditar na inocência do Amor
Porque se ele pudesse se defender
Com certeza não perderia tempo em acertar
Mas faria você errar, para entender perfeitamente
O que é, estar no seu lugar...
Assim será a minha mais bela recordação
Um Amor que morreu jovem
Para envelhecer e ensinar a viver em todos os sentidos...
Na lápide um desabafo
Alguém já tinha preparado sua cama meu Amor
Aqui perpétua o que foi, com louvor...
Amei o próximo
Mais que a mim próprio
Ore todos pela minha alma partida
Regressarei em alma, para meus semelhantes, amores vencidos...
Parto sem rumo e triste...
Não fui eu quem se despediu com tanto pesar...
Foi o Sujeito Amar.