Oaristo
Tu me possuíste por completo, minha alma é tua por inteiro. Eu te amo!
Eu te amo e te quero, eu me desespero à beira do abismo, eu escorrego.
Por vezes és um espelho, amor juvenil, amor primeiro. Amor primário tu me queimas feito um cigarro e meu corpo retribui teu toque quente, é recíproco o desejo.
Tu gemes, eu berro. Nua à tua frente, lê minha mente. Tira tua roupa e me deixa sentir o que sentes.
Confidências sussurradas em meu peito enquanto peço por teu cheiro. Um abraço e meu ventre arde por semeares teu talento nato. Tu me beijas, tu me acusas, eu te respeito.
Confio a ti meus segredos, apelo, testemunhas os meus medos. Eu me havia perdido, em ti encontro sossego, não sou mais metade, tu completas meus seios.
Eu durmo a teu lado e ouço teus bramidos ao pé do meu ouvido em sonhos quase lúcidos, em céus quase líquidos.