Vou ser como criança
Digo a mim mesma não há o que temer,
tenho braços a me socorrer.
Ando descalça neste piso frio,
minhas lágrimas já encheram um rio.
Não me culpem se ele transbordar,
dei-me um sorriso se eu precisar.
Talvez eu esteja bem,
embora com saudade de alguém.
Mas não se preocupe comigo,
sou meu próprio abrigo.
Sou uma flecha lançada em algum lugar,
me acharei quando tudo acabar.
Aos poucos sinto os sabores,
vejo as cores e esqueço dores.
Esqueço porque quero esquecer,
não vou deixar-me morrer.
O amor de mim não foi embora,
mas chegou minha hora.
Se for voltar não avise atravesse esta escura travessia,
e eu por enquanto vou ser como criança e viver na fantasia.