O BADALO E O SINO
*
Quando busquei um novo amor,
reuni frações de paixão em utopia,
preciosas em detalhes como flor,
sentimentos que a mim extasia...
Detalhes que não se aglutinaram,
esvaíram-se igual leviana poeira,
tristemente se exauriram,
num inóspito vendaval; eis-me sem eira...
Restaram somente resquícios de quimera,
dum pseudo-amor outra vez perdido,
nada mais tendo a justificar ou desculpar,
sem outra razão por ter existido,
assim não mais insistindo em amar.
Livres estamos,
igual um badalo de sino,
suspenso e solto,
mas eternamente aprisionado
contra suas próprias paredes!
(dedico a Silvana Marini)
*
Maurilio Gabaldi Lopes
(Trímono - GABALDISTA)
CARDÍACOS EVAPORADOS!
Eis a lei do contato,
Inerte & impulsionado.
Abalroando* quando tocado.
Termos,
tempos encantados!
Abalroando*- Gerúndio do verbo abalroar,batendo)