Eu te tenho e sangro
sombras cobrem o sol
mas não aplacam seu fogo
minhas mãos buscam seu corpo
e sonham fazê-la tesa
sonham fazê-la minha
nesse escuro sem sol
nesse dia cinza
eu tento e a caço
miro e jogo meus dardos
disputo nos dados
e, se venço
ouço teu canto
e no canto me corto
com a lâmina da tua palavra
que é navalha da minha lavra