Paisagem da janela
As borboletas pousam à beira do rio sobre a terra
Molhada, ao despontar do sol, bem cedinho,
Da minha janela eu as fico olhando, pensando
Que a vida podia também ser assim colorida.
Gradualmente o solo se esquenta com os raios intensos
Do sol, lentamente no espaço todas vão sumindo
Então me restam do rio apenas as manchas negras
Que os homens sem piedade vão construindo.
Mas esse amor é mais forte que qualquer ação
Devastadora praticada pelos homens na face
Da terra, supera qualquer desavença, na mais
Difícil luta essa energia não se encerra.
Procura dizer que o bem sempre vence o mal
É como a justiça divina que tarda mais não falta
Um dia os corações duros, asim como pedra
Nem que seja um tiquinho para o amor saltam
O bem do seres vivos é a própria natureza
Que tudo lhes oferece, dá-lhe a vida e dá-lhe
O pão, tudo que eles apetecem, até o amor
Mais profundo não é por acaso que acontece.