ÉS O ALTAR AONDE ERGO A MINHA FÉ
Me diz que sou feito um búfalo
Na refrega que os corpos peleja
Feito de Alexandre o bucéfalo
Feito tempestade que a pele craveja
Apenas de tuas entranhas extraio
O fogo que em mim crepita
Feito antes da chuva o raio
Você é desejo que em mim grita
Força poderosa da natureza
Que anuncia grandes catástrofes
Me invade com força da correnteza
Feito de camões as estrofes
Se me vês assim tão contumaz
Quando habito teu corpo mulher
É que há em ti tudo que me apraz
És o altar aonde ergo a minha fé