O AMOR DOS MORTAIS
Ao amanhecer,
o florir de um amor
em sonhos de nuvens,
em águas de mares,
e em sempiternas
dádivas;
ao entardecer,
o andar rupestre
entre raios de heliantos
e rastros de sombras,
entre imagens de glórias
e pedras de tropeço;
ao anoitecer,
em imperiosa tempestade,
a descoberta da traição
da falsa santa,
entre leitos brancos
tingidos com estranhas cores
de outros amores,
e alagado com libidinosos caldos
de outros corpos.
Péricles Alves de Oliveira