Heroína

A angústia levou-me para outro mundo

e finalmente consegui o que queria,

Outrora vagabundo tudo mudou num segundo

como se fosse um truque de magia,

Vida não havia era uma aventura trágica

ilógica, absurda que muda a psicológica,

Queria saber quanto dura o pó da mágica

que me mantém nesta era mitológica,

Contra a lógica porque de dia não vivia

e a noite tornou-se minha amante,

Sem ela tremia depois ingeria e sorria

sorria bastante e como era viciante,

Não sinto dor eu sinto-me o Super-Homem

e de repente eu sou como Clark Kent,

Mas quando todos estes efeitos somem

aparecem sombras na parede á minha frente,

E vem novamente a prova que sou doente

que sou completamente doente mas por ti,

Urgente tocaste-me no peito e na mente

disseste sente e de repente eu senti,

E eu resisti a todas as outras drogas

quando elas queriam ser a minha Cocaína,

Porque tu salvas-me e nunca me afogas

por isso é que eu só consumo Heroína,

E por isso é que eu não me sentia comum

e acelerava mais do que um Audi A3 Cabrio,

E sentia-me o maior Don Juan do Séc.XXI

desde o Romeu e Julieta com o Di Caprio,

É impossível fugir e tu não me escapas

eu sou daqueles românticos específicos,

E ainda te meto ao meu lado nas capas

da Mag como se fossemos dois Magníficos,

Tu eras o elo que fazia o meu castelo

parecer bem belo e bem mais fotogénico,

E sem ti o meu cérebro perdia o duelo

e a cabeça ficava um cogumelo alucinogénico,

E eu lutava contra o meu sono pesado

e tomava anfetaminas para ele desistir,

Eu sentia-me um psicopata acordado

a noite toda só para te ver dormir,

Eu só queria espiar a toda a hora

a pantera cor-de-rosa como um detective,

E admito que um homem também chora

quando precisei de ti e não te tive,

Eis a razão de querer-te como a protecção

de prevenção quando a pulsação for pouca,

Desmaio no chão e inspiras como um balão

e eu volto com respiração boca a boca,

És a imagem que o meu olhar fotografa

e como mantens o flash dos meus olhos a piscar,

Eu coloquei uma mensagem numa garrafa

a pedir que nunca pares de me beijar e mandei ao mar.

Luís Diogo
Enviado por Luís Diogo em 03/12/2013
Código do texto: T4596929
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