E FOI ASSIM
Quando a saudade feita um punhal
Entrou em minha garganta triunfal
Impedindo-me de responder.
Senti meu peito apertado
E num desenho inacabado
Assinei seu nome sem querer.
E mergulhado na lembrança em chama
Busquei uma palavra que rimasse
Com saudade, que fatalidade
Só encontrei... Você!
E foi assim!
Venci a madrugada ouvindo Cavalgada
Feito um menino pobre
Satisfeito com um pouco
Do quase nada.
Quase nada!
E olhando-me no espelho
Vi uma saudade de joelho
Em uma pequena lágrima
Que, muda e sem pressa
Caía sem me ver.
E enfim se fez dia.
Ah, e eu que jurei não mais fazer poesia...
Quem diria!
...E foi assim
Adormeci sem você junto a mim.