Luz
Invadem-me os raios fúlgidos do teu olhar,
Chora minha alma o canto inexistente
Da solidão. Flores que enfeitam a vida,
Retinem no teu jeito simples de amar.
A dor inexiste, persiste de ti se afastar,
Galopa em tua direção a felicidade
Que demorada se fez. Para tanto,
Distanciou-te deste meu pedaço de chão.
Horas atribuladas não mais existem
Boiam nas calmas águas do mar
Flores que ofertei ao sôfrego desespero
Sem ao menos tu alma preparar.
Intacta estátua de Drummond à preamar,
Silenciosa, mas parecendo algo falar,
O alvoroço do transeunte entende
Depende do intérprete a interpretar.
... Agora tudo é vida, amor e paz.
Caminho da esperança à rua deserta
Cujo soluço não se pode ver
Da lua serena no seu alazão a cavalgar.