FUGAZ AUSÊNCIA

Aquecido pela serena noite

como se estivesse coberto por

uma manta de grossa lã, medito!

Entre muitos intentar, predomina

uma sensação de perda de identidade

como a indagar, quem sou eu?

Alguém amado, conhecido, discreto,

respeitador, longânime, de bem com a vida

e tendo o coração como residência de Deus?

Ou será que fui a outras épocas um

joão-ninguém, que não conservei as diretrizes

da vida, que nada via a não ser meu próprio bem?

Afinal quem sou eu? Alguém que construiu uma

visão sem se esquecer de que ela é algo abstrato e que

também será no futuro uma realidade de fato?

Procuro a verdade, pois não tenho a intenção

escamotear, fugir levando

debaixo dos braços a mentira de não construir!

Não sei não, mas estou propenso para acreditar

que a solidão a dois, me tirou o direito de amar

ante a noção de terror de uma fugaz ausência.

Wil
Enviado por Wil em 01/12/2013
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