O Valsar do Pranto de Alma
Até que a noite ilumina-se
De fulgor e fantasia
Muitas flores desabrocharam,
Estrelas e notas surgiram, e o luar...
Ah! O luar despontou à nostalgia!
Um velho gramofone
Se pôs a rodar n’um antigo vinil,
Vindo daquele baú d’onde também
Reluzia a seda longa de dançar
E amar por toda nuance da madrugada!
Feito fragmentos de um poema
Tatuando-se pela folha vazia,
Acendem-se as velas, os vitrais
Pelas catedrais, pelas capelas,
Na insinuação do xale prata
Sobre o tecido negro aquecendo o seio!
O momento caminha
Como uma criança sorrindo às luzes
Pintando das sombras o valsar,
De todo sentimento içando-se ao amor,
Elegível n’alma, consagrado no âmago,
Doado na simplicidade, no pranto de coração!
29/11/2013
Porto Alegre - RS