Pequenos gestos...
(...) saudade nunca é pouco,
nem muito, cedo ou tarde;
entrelaçada nas lembranças
o tempo avança e invade;
pequenos gestos,
grandes momentos, doendo,
petrificando, dissolvendo;
visão esparramada no chão,
sentimentos na palma das mãos;
vontades coloridas, amargas
ao longo da vida sofrida;
saudade impregnada no
vento, no ar, na terra, no mar,
no oceano sem par;
navalha afiada, tudo e nada,
céu matizado de marrom,
uma lua com som e tom, e
eu apaixonada na cor do amor,
devassa e inocente sempre.
Marisa de Medeiros