ÚNICA RAZÃO

Tua simples presença, musa minha,

Por si só já toma, inteirinha,

Minh'alma...

Chegas com a suavidade da aurora

E, linda, num sorriso leva embora

A calma

Qu'inda há pouco peculiar me era

E, num instante, manter não mais pudera -

- Não... por mais que me esforçasse,

Jamais lograria eu explicar isso, que dá-se

Em mim...

Porque não há, no mundo, outra razão

Que me deixe esfacelado o coração

Assim...

Tu és a ardente chama que incendeia

Meu peito, qual foras da paixão a candeia,

A doce fonte de prazer que me transtorna,

Com essa pele lisa, encantadora, morna,

A despertar

Em meu ser esse amor sem fim que me arrebata

Qual fosse, de emoções, uma cascata

A derramar

Sobre este pobre amante uma torrente

Que hei de ter na memória eternamente,

Porquanto amar-te, ainda que uma vez,

É conhecer, enfim, a mor paixão que se desfez

Em luz,

Como a mostrar o caminho a ser seguido,

Neste mundo cruel, sem colorido,

Que aduz

Ainda, a tantos males, o desamor,

Ceifando vidas, da idade inda na flor;

Não fora, pois, amor, tua existência

E eu, por certo, não sofreria influência

Alguma

Dessa maravilhosa força da paixão

E nem haveria de sofrer meu coração

Nenhuma

Dor que decorresse da separação,

Porque, do amor, tu és a única razão.

Obrigado, Helena, pela honrosa companhia.

GRITO

Ah, teu amor me toma inteiro,

e me torna prisioneiro,

um ser inerte e cativo,

que só encontra motivo,

pra te amar com desespero.

É demais, é exagero,

eu bem sei, mas que fazer,

és razão da minha vida,

minha amada, a mais querida...

não consigo me conter.

Eu te amo e proclamo

este amor em altos brados,

subo em cima do telhado,

e solto alto meu grito,

grito de amor, infinito.

(HLuna)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 28/11/2013
Reeditado em 29/11/2013
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