Pità

Perambulava de bicicleta,

Contrariada, perdida e um tanto incerta,

Corria rápido feito uma flecha,

Querendo em alguma coisa acertar, algum lugar.

Seu rosto brando e fagueiro,

Na Rua ensolarada de algum janeiro,

Ainda que ele não fosse o primeiro,

Não se furtou a chorar,

Repensou melhor secando a face, ainda vindo a soluçar.

Te faço um chá de Pariparoba,

Hibisco flor, quem sabe pitada de nós de cola

E no portão da escola,

Ele estará a distancia a te esperar,

Somente pra te ver, e pra se certificar.

Que sua pele rosava ao tom de flor,

Avermelhada aos traços de um possível amor,

Ele te pôs a deixar numa esquina,

Quando você levitava e o outro perdia na corrida.

E nos seus alicates já se foram cutículas,

Qual a mistura entre as cores que a sua unha agora pintas,

Eu nem sei bem ao certo o nome da cor do seu cabelo,

Na há capilares dicionários e eu suponho que é vermelho.

Onde andas seus saltos seus passos da poeira tento definir,

Porém hoje em dia eu tenho caminhado por ti,

Degusto o seu perfume aqui na sala que teima em não sair.

Edilson Alencar
Enviado por Edilson Alencar em 27/11/2013
Código do texto: T4589535
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