Ninguém alua tanto assim
Lua, lua, lua, branca,
Divinamente lua;
Vê se não alua como eu!
Perdeste os teus amantes
Para os celulares;
Hoje eles estão em outros céus,
Em outras luzes.
Lua, lua, lua nova,
Novamente lua,
Ninguém lua tanto como tu.
Não há outra nua,
No céu dessa cidade,
Que seja inspiração pra eu cantar
Os meus amores.
Lua, lua, lua minha,
Eternamente cheia,
Nesse azul profundo de cetim;
Enche a minha rua
De luz e liberdade,
Que tenha sempre a tez, enluarada,
Os meus desejos.
Lua, lua, lua nasce;
Tranquilamente linda;
Porque me aluaste tanto assim?
Se um dia te apagarem
A luz no horizonte,
Eu nunca apagarei do peito, a lua
Que há em mim.
Carlinhos Matogrosso