DE SONHOS E ESPERAS...
JB Xavier
Ah, fosse eu um simples grão de areia
Para habitar praias imensas e intocadas...
Fosse eu um simples pólen
Para ser levado pelo vento
A visitar lugares nunca antes visitados...
Não fosse eu um sonhador,
A sonhar sonhos nunca realizados,
Ou, pudesse eu esquecer a promessa
De te amar para toda a eternidade...
Mas sou apenas essa espera,
Essa ansiedade
De que se cumpra, enfim, o meu destino,
E que eu me vá deste mundo
Levando-te na memória,
Sem ter te esquecido um só segundo,
Até te transformar num insensato desatino...
Ah, fosses tu uma aurora,
Um alegre por do sol,
Um aconchegante agora,
Uma gaivota voando no arrebol,
Fosses tu a revoada do sonho,
A alegria em gentis contentamentos,
O altar onde meu pensamento deponho
Meu andar titubeante pelo mundo,
Minhas lágrimas e esperanças,
Meus deslumbramentos ,
Minha esperança e meu querer mais profundo
Que minha desesperança gentilmente acolhe
Eu não viveria, assim, cada segundo
A te encontrar para onde quer que eu olhe...
Ah, fosse eu a alvorada,
E fosses tu o sol,
Fosse eu a madrugada
E tu o arrebol,
Fosse eu a noite enluarada
E fosses tu a lua ,
Essa noite de verão enamorada,
Seria inteiramente tua
Tal como serias tu a sereia
De meu oceano que se derrama nas enseadas,
E se, como deusa, tu caminhasses pelas praias encantadas,
Eu acariciaria teus pés,
Fosse eu, um simples grão de areia...
* * *
JB Xavier
Ah, fosse eu um simples grão de areia
Para habitar praias imensas e intocadas...
Fosse eu um simples pólen
Para ser levado pelo vento
A visitar lugares nunca antes visitados...
Não fosse eu um sonhador,
A sonhar sonhos nunca realizados,
Ou, pudesse eu esquecer a promessa
De te amar para toda a eternidade...
Mas sou apenas essa espera,
Essa ansiedade
De que se cumpra, enfim, o meu destino,
E que eu me vá deste mundo
Levando-te na memória,
Sem ter te esquecido um só segundo,
Até te transformar num insensato desatino...
Ah, fosses tu uma aurora,
Um alegre por do sol,
Um aconchegante agora,
Uma gaivota voando no arrebol,
Fosses tu a revoada do sonho,
A alegria em gentis contentamentos,
O altar onde meu pensamento deponho
Meu andar titubeante pelo mundo,
Minhas lágrimas e esperanças,
Meus deslumbramentos ,
Minha esperança e meu querer mais profundo
Que minha desesperança gentilmente acolhe
Eu não viveria, assim, cada segundo
A te encontrar para onde quer que eu olhe...
Ah, fosse eu a alvorada,
E fosses tu o sol,
Fosse eu a madrugada
E tu o arrebol,
Fosse eu a noite enluarada
E fosses tu a lua ,
Essa noite de verão enamorada,
Seria inteiramente tua
Tal como serias tu a sereia
De meu oceano que se derrama nas enseadas,
E se, como deusa, tu caminhasses pelas praias encantadas,
Eu acariciaria teus pés,
Fosse eu, um simples grão de areia...
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