ROSA DE SARON
Acenda a luz quero te ver, ainda me pergunto, não sei o quê?
Procuro o amor perdido além do meu jardim de flores tristes
E não acho fico numa angústia suprema que não sei onde me leva
Amor sincero ou apenas uma canção de amor no meio a treva
As horas vão até o fim eu sinto as dores do silêncio gritando alto
Do crepúsculo a aurora basta querer imponho minhas armas à luta
Procuro uma chance na casa dos espelhos tanto tempo tanta labuta
Quando eu te vejo diante da cruz meus olhos ficam tristes
Do alto da pedra, distante do que eu sou eu não vejo nada.
Nesse dualismo nada é do jeito que era antes o fogo agora já não queima
Quero estar com você enquanto o sono não vem
Sinto-me invisível tal quais as folhas no chão o frio invade meu coração
Latas retorcidas, longitude latitude, tudo nada, nada perto, acerto.
Jamais será tarde demais quando se quer algo acerte o alvo
Linda menina, boas lembranças, liberdade pra quê?
Livre, logo após o temporal de chuvas de sal
Estou mais além, longe demais, mais uma vez estou aqui mal
Mais do que um poema uma canção de amor, de dor
Na máquina do tempo tenho medo do meu jardim
Memórias que vem em menos de um segundo passam como fantasmas
Sinto a mesma brisa em metade de mim algo que não me acalma
Na minha triste imperfeição, meu abandono, meu lugar, lar, meu luar, meu perigo
No monte inverno muitos choram na chuva ao fim da tarde ninguém mais está
Ninguém te ama como eu no meu coração na noite fria sob o sol da meia noite sinto o seu calor
O meio e o fim obrigado por estar aqui olhando de frente com os olhos vermelhos eu sigo
Perto, longe ou depois em passos lentos. Quem de nós tão velho quanto um quadro novo
Real em mim com rara calma quero recomeçar não mais como um tolo, bobo.
Rubra alma na roda gigante da vida roda e roda e roda e roda sem parar
Se fosse um sacrifício perfeito me faltaria o ar se não soubesse te amar