História de Amar
Já é madrugada pelos versos
Do lado de cá, a magia esmera-se
Pelo culto do corpo desnudo em nudez,
Em óculos à flor da pele em pele!
Até a aurora despontar ante as marés
Muitas estrofes ainda não compostas,
Serão içadas pelo calado instante
D’aura em êxtase, do coração em odes!
Como um piano afinado em lá atemporal
Derramam-se as lágrimas em prantos
Utópicos, suaves e puros feitos aragem
Girando pelas cortinas abrindo-se em lua!
Dentre o surrealismo das rimas em rimas
A embriaguez do doce agridoce circulando
Entre fetiches e pecados oriundos das mãos
N’um frequente e alusivo frenesi de âmago!
É hora do luar se pôr e trazer o sol de sóis
Na infinidade dos poemas o “Feitiço de Áquila”,
Fazendo-se amor por extremos e convexos
Espelhos d’alma líricos de uma história de amar!
19/11/2013
Porto Alegre - RS