Um amor confesso
Você foi, você ainda é:
O grande amor da minha vida,
O amor que eu não soube cuidar,
O mor que eu não soube lutar para manter,
Pra recuperar, pra fazer acontecer e durar,
Hoje sou uma sombra do que fui um dia,
Ao seu, e somente do seu lado,
Um relance de felicidade que vivi,
Pura e plenamente contigo, por ti,
E que não soube preservar,
Por querer viver tudo de uma só vez,
Por não respeitar seu momento,
Completamente diferente do meu,
O que vivi contigo não quero,
Não posso e não consigo viver
E sentir com e por mais ninguém,
E isso tem sido meu calvário,
O calvário da perda tardia,
Da dor tardia, do sentimento
Invencível, imortal.
Que a cada dia fica mais difícil controlar,
Conter, esquecer.
Não consigo mais acreditar em nada,
Porque tudo que um dia acreditei,
Envolvia você, eu vivi com você.
E essa convivência foi tão única,
Que ainda há chamas,
Resquícios dela em minha mente,
Em meu corpo, em meu coração.
Você se tornou o melhor e o pior
Dos meus conflitos, sonhos...
Porque você, simplesmente, confronta
Meu lado racional e emocional,
Ao mesmo tempo, misturando-os.
Me deixa desnorteada, sem rumo,
Um rumo que só me levava até você
E que por mais que o tempo passe,
Continua me levando até você.