Ponto de partida
A partida mexe, a saudade fica...
No alô, não cabe amargura.
A partida deixa meio sem jeito
Sentido e perdido na graça...
A saudade movimenta
Apressa para passar a existir...
O vento de forma amigo
Acaricia o rosto desolado
E o amarelo surge levando
A lembrança de belos dias...
Como se o tempo fosse
Dono das nossas vidas
Não dá opção, para a saudade
De lá, esperar um pouco.
As mãos acenam aos olhos moles
O coração dispara não se anima
É a saudade de pronto se alocando.
Ponto de partida... Choro sem vela.
O conforto esperado do outro lado
Pode vir a ser saudável... Puramente atraente
E fascinante por toda direção...
O aconchego não terá limites
Com os braços à disposição.
Lá sim, a alegria permitirá
Abafar o encontro rápido.
Mesmo sabendo que outros dias virão
A sensibilidade se agigantará
E frente à temida tristeza
Nunca superará a alegria alcançada.
Vá e não esqueça o que deixou
Se a cabeça tirar os sonhos daqui
Não era o que queria nem desejava.
O amor não rende se o coração se dispensa...
Fica comigo a vontade de olhar
Os seus olhos na partida... Impossível.
O jeito é torcer por uma boa subida.
O sonho ajudará lá do alto na escolha da saudade
E a sensação própria a quem ama prevalecerá.
A partida mexe, a saudade fica...
No alô, não cabe amargura.
A partida deixa meio sem jeito
Sentido e perdido na graça...