Sobre quando perdemos a hora
Hoje, a quente noite ofereceu
enfeitar o fato em uma febre boba
Peguei a brisa pelo braço e fui dançar
Com a canção que traz teu nome
Hoje, me livrei das cortinas
Quero ver vazar nas frestas a luz da lua
Já que até os postes são estrelas no mirar
desse teu sorriso de pérola nua
Hoje eu ouço a voz da madrugada
me lembrando do sussurro que o dia sangra
Um estalo no tempo que eu não quis deixar passar
Aqui está minha voz na tua vontade de infinito
Hoje amamos pois acreditamos saber amar
e permanecemos seguindo sós...
É essa vontade de ter feito tudo errado
pra ter motivos pra voltar atrás
que nos fará eternos nestes versos