MEU SANGUE
Rua longa, sombria e mal iluminada!
A luz fraca e branca da lua prateada,
incidia nua de beleza! Era só tristeza!
Solto e absorto, eu caminhava sozinho
entre pensamentos pelo meu caminho!
A lua esparramava sua cor argentina!
A madrugada se deu e apareceu o sol!
Minha vida agora condiz com dia feliz!
Meu semblante prenuncia um arrebol!
Você é minha flor criança, flor menina!
Você me ilumina e enfeita meu jardim!
Eu estou em você e você está em mim!
Eu fiquei exangue, você foi meu sangue!
Virei igual bumerangue se me jogar fora!
Alegria voltou e a tristeza foi-se embora!
Botucatu, 08/08/1988