O vento leva tudo com força extravagante

São coisas que o vento não recupera

Leva sem deixar rastros... Vestígios à vista...

Foram-se, para nunca mais voltar.

Confundem a vida, misturam os pensamentos

Invadem a turva intimidade fragilizada

Agridem a sensibilidade carente à flor da pele...

O vento leva tudo com força extravagante

Não consegue, arrastar, o que se guarda num coração

E a sua firme presença, endurece as mágoas

E aproxima cada passo perdido na história.

Deixadas marcas, na fronte, no olhar perdido...

Pintas embranquecidas alimentam esse chocar.

Quantas vezes neguei carinho

E em outras implorei amar.

É fato consumado: os olhos ativos...

Sonharem... pararem no teu olhar.

O vento leva tudo com força extravagante

Não consegue arrastar o que se guarda num coração.

A presença viva será sempre a mesma companheira

Do passado lembrado, do presente vivendo... do futuro a ser vivido.

Cromeu
Enviado por Cromeu em 16/11/2013
Reeditado em 16/11/2013
Código do texto: T4573243
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