Foste
Oh! Nuvens cinzentas!
Que invadem minha mente.
Entremeiam lentamente a imensidão.
Oh meu doce amado!
Se tu soubeste da saudade que sinto
Jamais me deixarias refém dela e,
Desse vazio intangível
Que se abrange pelos cantos
E me esconde neles
Deixa-me sensível.
Adentra a natureza taciturna
De pensamentos errantes
E que ao tempo
Torno-os relevantes.
Oh coração! Quero respostas claras!
Se não são os teus gestos
Minha boca se cala.
Espero por tua presença
Já me fartei da tua ausência
Doce amor que me encontrou
Estava dormindo e despertou
Firmou-se em meu peito
E nele se alastrou.
Foste sombra
Foste vento
Um amor que me amou
Doce mel encantado
Triste sofrimento
Ofereço-te meu amor.
E selo ele aqui então
com o que tu me deixaste.