Sonho – “Senhor” dono de um corpo sem domínio

Faz tempo, pouco tempo

Que o sonho me encontrou

Desprotegido, instável, carente, melancólico...

Enganando a intimidade alheia

Mostra contos, invade a alma

Que insiste em não resistir...

Delírios cobrem cada jornada

Que cede à febre instalada na mente

Cobre o corpo de fatos sem retorno

Não assiste ao presente animado

Não cobra ausência, não tabula volta.

Amnésico, insatisfeito, inconformado, incrédulo,

Rasteando a insatisfação seguida de fossa

Surge a incerteza própria das tentações

Que cercam o sono inconseqüente

Alimentando fantasias inesperadas.

“Senhor” dono de um corpo sem domínio.

Nada escapa dos devaneios

Vividos nas noites de claras evidências

Nem mesmo o cruel

Interior anestesiado se salva...

Contaminado, procede virtualmente

Como se fosse bicho enjaulado

No seu barco, não cabe pensamentos adormecidos.

Insensibilizados pelo poder mostrado ao léu

Invoca esperança sem amparo legal

Distorce a necessidade do encontro à vida

Atropela o inconsciente na ânsia de se mostrar

Manifesta entusiasmo nobre

Sobre o intelecto e os sentimentos.

Relaxa os pacatos pensamentos

Motivado a atingir, em estilo

Nível elevado, sublime, encantador...

Presente de quem recebe luz própria

Exibe modernos caminhos

Vestígios para nova vida.

Cromeu
Enviado por Cromeu em 14/11/2013
Reeditado em 14/11/2013
Código do texto: T4570212
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