Seu cheiro, meu sonho
Seu cheiro... me deixa inefável
Preciso conhecer mais de perto
Tocar, sentir, abraçar... “Chamegar”.
No sonho apenas sombras se deparam
Insisto, no seu cheiro, nem que seja
Para nunca mais me atrever.
Não negará um pedido sereno
Atencioso, delicado... corrente
Doce que nem seus pensamentos
Em fase nobre de erupção.
Porventura, a carga for negativa
Posso usar o poder e o direito de pensar.
Os pensamentos são livres
Ilimitados, ousadamente livres...
Ninguém pode roubá-los
Nem mesmo nos sonhos imaturos
A presença de estranhos
É permitida num espaço tão superior.
Os sonhos, farto de amor impuro
Viciados em pecados e desejos
Atrevem-se e pedem permissão
Para se acomodar nos seios da mente...
Tornar visível o necessário
Para que o amor consiga se distrair
Sem perder espírito e o chamego.
Ao fechar os olhos, sentirá no sonho
A alegria da companhia amiga ou não.
E no seu cheiro, insisto, nem que seja
Para nunca mais me atrever.