Canto Divino

A sombra da aroeira eu desejei

Ao sol de quarenta e tantos graus.

Lembrei-me da fonte de água limpa

Onde idolatrei um ancestral

Canto de Deus, cisnes da paz, amor e esperanças mil.

A incerteza do amanhã acudiu meu grito

Como quem ampara uma criança indefesa

Lado sul, lado norte estrelas eram paixões

Que nos meus olhos brilhavam.

E o sol escaldadente meu corpo castigava.

A aroeira não mais existia

A velocidade das águas não mais jazia

No patamar que o sonho desejava.

A primavera se foi...

O verão ninguém sabe se vai ou se vem

O Canto de Deus nos ares ecoava

Aonde de fé a vida se fazia tão bem.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 13/11/2013
Código do texto: T4568562
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