INOMINÁVEL
De todas as tristezas
Que assomam minh’alma
Há uma que há algum tempo
Tenho por companhia...
A tristeza de somente por ocasião
De tua hora última dizer-te
Que sempre te amei…
E, também, por nunca ouvi-lo de ti...
Não nos ofereceu a vida
Oportunidades para fazê-lo antes...
Pois em constante querela
Sempre nos encontramos...
Não por culpa tua ou minha
Mas, quiçá, pelo próprio enredar
Das vidas nossas...
Que se nos importa isso agora...?
O que ora me importa é crer
Que de onde te encontras agora
Entendas que sempre te amei
E possas perdoar-me por nunca
Ter-lho dito, enquanto em vida
Aqui estavas, Mãe...