ANDANÇA


Olhos vendados se pensa na andança
Do sonho de satisfazer ao amor que vive
Guardado, numa encruzilhada, armadilha.
Parecendo coisa de moleque apaixonado.

Nessa andança é grande a procura do agrado.
A mariposa pobre coitada não é como a borboleta.
O que, na andança outrem faz sem querer
Induzir suplicar, pois paixão é fogo de palha.

Comprometida a andança satisfez o seu desejo.
Comemorando o dia não no lugar pensado,
Porém no cantinho costumeiro mostrando
A fantasia comprada para o ato quase ecumênico.

Na parada combinada o ego do ser amor
Fica vaidoso cheio de graça com conversas
Divertidas, satisfazendo no desempenho
Da juventude passada revigorando energia.

No íntimo ferve a vontade da compra de um objeto.
Tendo receio que faça doação a outro ser sem ação.
Percebe-se que não é casa de caridade, decide
Com satisfação reservar para si o desejado.

Que pena! A vida segue e um dia vai tudo passar.
Ligação diz casa cheia na ilusão da verdade.
Procura diversão na andança só pela proibição
De não mostrar aos demais, companhia ignorada.
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 11/11/2013
Reeditado em 12/11/2013
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