O meu AMOR…

O que eu sinto é amor,

mas não conte a nenhuma pessoa,

se revelar, digo que meu peito é desértico,

que não há lugar para esta ambição.

É neste ermo que dou fruto.

Talvez, meu amor seja mais

esplêndido porque não se nota a olho nu!

Meu amor sabe palavras que não existem.

Palavras que encantam flores e abelhas.

Palavras que atraem pássaros cantores.

Palavras que coloriza manhãs de abril.

No começo meu amor era nada,

Depois aprendeu a delirar-se!

Meu amor, vez em quando tem voz de poeta.

Numa manhã a poesia apoderou-se dele.

Talvez isso esclareça essa inércia toda.

Mas esse amor tem cheiro de sonho,

tem a resistência das pedras.

Sabe a aflição dos que não

amam e vivem secos.

Meu amor tem um olhar de ver azul…

Tem habilidade de equilibrar-se em nada.

Sabe a doçura das bocas famintas de beijo.

Sabe ser oculto nas transparências dos dias.

Sabe o que fazer no escuro frígido das noites.

Meu amor tem manhas e desenvolturas inimagináveis!

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 09/11/2013
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