DOR ESCONDIDA

Quero voltar ao passado

Mas não sei onde estou

Tento esquecer que estou apaixonado

Mas vivo só por esse grande amor

Embora sabendo de seus dotes

De suas loucuras incalculáveis

Procuro ser muito forte

Para não ser surpreendido

Pelas acontecências da vida

Minhas mágoas são enormes

As lágrimas contidas em mim

São cada vez mais lastimáveis

E a dor um tanto sufocante

Que não sei se falo sozinho

Ou se calo por um instante

Vou arriscando a vida

Nesse inferno que queima

Pode ser até a nossa despedida

Apesar de nossa grande teima

São tantos os desencontros

Que a vida passa despercebida

São tantas as argúrias

Que não tenho mais vida

Tudo em mim se esvai

Sou um trem descarrilado

Sou um governo que cai

Sou o pecador sem pecado

Rezo por todos os santos

Peço que me tirem dessa aflição

Na incerteza, ainda canto.

Uma linda e bela canção

Ainda tenho grande esperança

De esse quadro poder reverter

Sou réplica da lembrança

Da harmonia entre mim e você.

Aires José Pereira é mineiro de Salinas, poeta por gosto e por pirraça que acredita nas palavras transformadoras de homens e de espaços. Possui 12 livros editados e vários artigos publicados em eventos científicos e Revistas de Geografia. É licenciado e Especializado em Geografia pela UFMT, Mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB, Doutor em Geografia Urbana pela UFU. É Prof. Adjunto A do colegiado de Geografia do Campus Universitário de Araguaína - UFT; Membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense; Pesquisador do NURBA e coautor do Hino Oficial de Rondonópolis - MT.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 09/11/2013
Reeditado em 23/02/2015
Código do texto: T4563281
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