DOR ESCONDIDA
Quero voltar ao passado
Mas não sei onde estou
Tento esquecer que estou apaixonado
Mas vivo só por esse grande amor
Embora sabendo de seus dotes
De suas loucuras incalculáveis
Procuro ser muito forte
Para não ser surpreendido
Pelas acontecências da vida
Minhas mágoas são enormes
As lágrimas contidas em mim
São cada vez mais lastimáveis
E a dor um tanto sufocante
Que não sei se falo sozinho
Ou se calo por um instante
Vou arriscando a vida
Nesse inferno que queima
Pode ser até a nossa despedida
Apesar de nossa grande teima
São tantos os desencontros
Que a vida passa despercebida
São tantas as argúrias
Que não tenho mais vida
Tudo em mim se esvai
Sou um trem descarrilado
Sou um governo que cai
Sou o pecador sem pecado
Rezo por todos os santos
Peço que me tirem dessa aflição
Na incerteza, ainda canto.
Uma linda e bela canção
Ainda tenho grande esperança
De esse quadro poder reverter
Sou réplica da lembrança
Da harmonia entre mim e você.
Aires José Pereira é mineiro de Salinas, poeta por gosto e por pirraça que acredita nas palavras transformadoras de homens e de espaços. Possui 12 livros editados e vários artigos publicados em eventos científicos e Revistas de Geografia. É licenciado e Especializado em Geografia pela UFMT, Mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB, Doutor em Geografia Urbana pela UFU. É Prof. Adjunto A do colegiado de Geografia do Campus Universitário de Araguaína - UFT; Membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense; Pesquisador do NURBA e coautor do Hino Oficial de Rondonópolis - MT.