Completude

Como uma flecha

Nos céus cruza o cometa,

Em seu rastro notas e ditados,

Na veracidade do pensar, chuva,

De lirismo, gotas d’um pranto

Soltando-se pelo papiro!

Pelo branco chão feito nuvem,

Rosas e mais rosas de todas as cores,

Abertas ou em botões desliza em beleza

De toda gama, aquela alma de corpo

Reluzente e pupilas marejadas,

No mesmo tom da maresia, idílica!

No âmago a semente foi plantada,

O tempo pelo sentimento a regou

Em ritos e silêncios, germinou a flor,

Desabrochou, trouxe da terra a esperança

Pelo orvalho da noite, quando beijo

Revela-se em melodia, sonhar em amor!

Das belas artes a intimidade nua,

Singular no desfragmentar das pétalas

Por sobre o ninho, aos poucos desfazendo-se,

Desenhando esculturas, maestria,

Completude de sentir, amar, amar e amar...

Amante e amante no mesmo mar, chorar!

09/11/2013

Porto Alegre - RS