Canduras Aneladas

Seja como for

A noite vem, o dia se vai,

Levando o sol, trazendo a lua

E a mística que se da nos traços

Da pena sobre o papel... Alvo!

Um mito, um suspiro,

Codinomes ao amor pairando junto

Ao corpo em elegância, xale violeta,

Vestida em lilás, caminha por ali

Como diva de lábios carmim, rara prece!

Pela janela rios do luar

Em brilhos imprimindo da sombra,

Toda joia da pele em pele, da nudez

Expondo pela harmônica tudo do olhar

Matizado, marejando do pranto o sentir!

Do detalhe do abraço

O entalhe do beijo remetendo ao leito,

Ninho de toda a ocasião do entrelace,

Do anelar das canduras em centelhas,

Quebrando o silêncio, amando em amares!

A noite vai, o dia vem,

Levando a lua, trazendo o sol

D’onde tudo é sempre amor!

06/11/2013

Porto Alegre - RS