RELOGIO DO TEMPO !

Suas poucas palavras,
que dizem tanto,
em tão poucas palavras.

Palavras podem acabar,
cabem na palma da mão,
quando menos esperamos,
lá se vai o vento,
soprando o nosso tempo.

Suas doces palavras,
que adoçaram a alma,
deixou um espaço no coração.

O relógio do tempo me roubou,
o tempo que me restou,
entre meus dedos,
como uma tinta mágica,
abstrata e serena.

O que fomos,
e o que somos,
e o que nos restou,
apenas um buraco no tempo.

Uma tristeza descabida,
angustiante,
no meio das minhas lágrimas,
num sorriso triste,
das lembranças,
pelas palavras sonhadas.

Numa alma cinzenta,
na falta de um alguém,
estou triste,
emotivo,
sentido e sofrido,
sem despedida,
desacreditado no amanhã,
desta minha caminhada,
desta vida tão breve,
com suas marcas,
deixadas profundamente.