Desnuda Poesia
Ao luar entoa o vento em melodias
Do silêncio, aquele que afaga a alma,
Oferecendo em milagres a pele
Vestida de nudez, a nudez vestida
N’uma pashimina esvoaçando em seda rubi!
Entre os anais da história
Ainda por ser escrita em salva guarda
D’um coração em desiderata, migra
Naturalmente o beijo, a estirpe da beleza
Por ser revelada ao cair, assim...
Camisola de dormir!
Na leitura dos lábios, imensidão,
Lendas vivas que nascem e brotam
Por todo o universo da magia
Sobre corpo alusivo, introspectivo, alimento
Ao âmago ilustrando-se em versos
Ritmados pelo pranto, lendo a face, o amor!
São seis as cordas da viola enluarando-se,
Conduzindo pelo céu o cavalgar, os melindres
Do perfume de amar embriagando a voz,
O momento da luz em raios múltiplos
Reluzindo pelo colo, pelo andar da madrugada
Quase infinda... Amante plenamente!
04/11/2013
Porto Alegre - RS